Relato de Parto - Parto Normal - Ribeirão Preto - SP - Parto Ísis por Kaynara
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Relato de Parto - Parto Natural no Carro - Ribeirão Preto - Hospital São Paulo - Por Kaynara sobre o nascimento da Ísis
"A gestação se prolongava e a minha ansiedade só ia aumentando. Por ser a segunda gravidez era um misto de sentimentos, com uma sensação de que já conhecia o caminho, mas ao mesmo tempo que não sabia onde estava pisando. Esperava sentir alguma mudança indicando que o parto estava se aproximando, assim como foi na primeira vez, mas nada acontecia...
As pessoas já começavam a perguntar quando a Ísis ia nascer, se eu ia para cesárea ou induzir... (detalhe, nem tinha completado as 40 semanas), mas com o peso dos palpites e o receio da evolução da DMG já estava ficando difícil controlar a ansiedade.
Na quarta de manhã (10/08) tinha consulta com a Carol (minha amada GO). Amanheci muito ansiosa e aquele dia começou parecendo que ia dar tudo errado. A secretária tinha errado o agendamento (coisa que nunca tinha acontecido antes), choveu muito e o trânsito em Ribeirão estava caótico, o que dificultou que nós e a Carol chegássemos ao consultório para a consulta no horário combinado. E para completar, o Mau não conseguiu me acompanhar na consulta, pois com os imprevistos a consulta atrasou e ele tinha um compromisso inadiável no trabalho.
Então, enquanto esperava a Carol me atender a ansiedade foi aumentando e eu chorei, chorei e fui acolhida cuidadosamente pela secretária. Assim que a Carol chegou desabei a chorar novamente e ela conseguiu me acalmar, sendo muito acolhedora e mostrando pelo ultrassom que estava tudo bem com a Ísis e podíamos continuar aguardando sua chegada como planejado. No fim do dia fiz uma sessão de acupuntura e saí leve!! Parecia que tinha voltado a respirar. Consegui dormir muito melhor e assim que acordei na quinta-feira (11/08) comecei a sentir algumas contrações doloridas, mas suportáveis.
Levei a Alana na creche e ao voltar o carro do Maurício não estava pegando. Tivemos aquele breve atrito de casal apressado e atrasado tendo que resolver perrengues. Decidimos que eu ficaria com o carro dele e ele iria com o meu, afinal eu tinha outros jeitos de me virar.
Era 8h da manhã e eu tinha aula de pilates. Fiquei na dúvida se ia, pois as contrações estavam um pouco doloridas, mas como ainda eram muito espaçadas decidi ir. Saí do pilates, fui fazer a unha e depois consegui um encaixe com a minha Fisio pélvica (querida Bia). Apenas meu marido e meus pais sabiam que eu estava com contrações, e com isso ia seguindo minha rotina normalmente.
No meio da tarde, fui resolver o problema do carro do Maurício, busquei a Alana na creche e tivemos um delicioso momento em família. Estávamos na expectativa que a Ísis nasceria em breve, então começamos a finalizar o que estava faltando. Separamos as roupas que iríamos para o hospital e curtimos muito a Alana. Demos boas risadas com ela dentro do berço da irmã enquanto o papai o colocava no quarto.
Era 18h e eu decidi começar a contar minhas contrações, pois pareciam menos espaçadas. Fiz as anotações por uma hora e mandei para a Nat (nossa querida EO), conversamos às 20h e como as contrações não estavam ritmadas consideramos que ainda não significavam nada. Decidi seguir a rotina.
O Maurício insistia em pedir para meus pais buscarem a Alana, mas eu teimosa, resistia. Eu tinha criado a expectativa de ter a Alana ao meu lado quando começasse meu trabalho de parto e a Karol chegasse para as fotos, mas ele insistiu tanto que achei melhor ceder.
Às 20:43 liguei para meus pais enquanto comia uma salada:
Ka- Oi pai, ainda não temos nada de diferente, mas como está muito frio (fazia 11o) e não sabemos como será a madrugada achamos melhor vocês já pegarem a Alana.
Assim que desliguei, terminei de comer a salada e fui ao micro-ondas buscar meu prato de comida, até que senti uma contração muito, muito dolorosa (20h 45min), aquelas de interromper uma fala.
Voltei para a mesa e enquanto comia sinti uma vontade de fazer cocô. Corri para o banheiro e senti mais uma contração. A ficha ainda não tinha caído, tentei voltar para meu prato de comida e no meio de uma garfada outra contração e mais vontade de cocô. Perguntei a hora pro Maurício e assim percebemos que as contrações estavam muito próximas. Falei: “liga para a Nat, estou com medo disso engrenar muito rápido”.
Enquanto ele falava com a equipe, sentei no chão com a Alana e comecei a explicar entre uma contração e outra que a sua irmãzinha iria nascer. Às 20:50 meus pais chegaram e levaram a Alana. Assim que ela saiu eu corri para o chuveiro. De acordo com o Maurício, ele ligou para a Nat e para Carol e avisou a Karol que eu estava em trabalho de parto. Às 21h a Nat falou que estava vindo para minha casa. A dor era intensa, o Maurício corria de um lado para o outro para colocar tudo no carro. Corria para me ver no banheiro, fazia mais alguma coisa, eu gritava ele aparecia. Da forma que foi possível, ele tentou fazer tudo que tínhamos planejado. Colocou a playlist tocando “Corre menina”, colocou o difusor com lavanda e esteve ao meu lado ao mesmo tempo que lidava com a organização para irmos ao hospital.
Às 21:22 a Nat chegou (como estava ansiosa para sua chegada!!) saí do chuveiro e soltei um caralho no meio do caminho (detalhe, nunca falo palavrões) e sentindo bastante dor consegui chegar na cama.
Nat auscultou a Ísis e disse que estava tudo bem. Após o toque, eis que Nat fala:
Nat - Ka, não sei se dá tempo de irmos para o hospital!
Ka - O que??? E agora?????
Nat - Podemos esperar, nasce aqui e vamos para o hospital ou tentamos chegar. Pode ser que dê tempo.
Ka - Não acredito! Maurício vai ter um treco. Chama ele!
Nisso entra o Maurício que ainda estava arrumando as coisas 😅
Nat - Mau, não sei se dá tempo de chegar no hospital.
Mau - E agora?
Nat explicou para ele as opções que tínhamos. A sensação é que levamos um tempão para decidir o que faríamos, mas com certeza foi a conversa mais rápida que já tivemos. Perguntei pro Mau:
Ka – Você consegue dirigir? (afinal, do que adiantava querer chegar no hospital se o motorista estivesse surtando kkkk)
Mau – Sim, consigo (Oba!!)
E assim, decidimos que iríamos tentar chegar no Hospital São Paulo (obs: moramos em Cravinhos, há uns 40min de distância do hospital). Nat saiu pedindo lençol, saco de lixo e toalhas para forrar a parte de trás do carro (aquele que não pegava de manhã, mas que Graças a Deus funcionou quando precisava hahaha). Eu e ela fomos no banco de trás o Maurício de piloto!
A partir desse momento lembro de apenas alguns flashs. Quando estávamos entrando em Ribeirão a sensação começou a mudar e disse: “ela vai nascer!”. Maurício encostou o carro, veio outra contração, mas ela não nasceu. Andamos mais um pouco... outra contração! Eis que perto do radar da Av Celso Charuri, às 21:54, Ísis estreia no mundo dentro do carro em uma noite congelante e uma super lua iluminando o céu. A Nat segurou a Ísis e rapidamente passou para o meu colo. Continuamos o caminho para o hospital extasiados com a situação.
E assim, decidimos que iríamos tentar chegar no Hospital São Paulo (obs: moramos em Cravinhos, há uns 40min de distância do hospital). Nat saiu pedindo lençol, saco de lixo e toalhas para forrar a parte de trás do carro (aquele que não pegava de manhã, mas que Graças a Deus funcionou quando precisava hahaha). Eu e ela fomos no banco de trás o Maurício de piloto!
A partir desse momento lembro de apenas alguns flashs. Quando estávamos entrando em Ribeirão a sensação começou a mudar e disse: “ela vai nascer!”. Maurício encostou o carro, veio outra contração, mas ela não nasceu. Andamos mais um pouco... outra contração! Eis que perto do radar da Av Celso Charuri, às 21:54, Ísis estreia no mundo dentro do carro em uma noite congelante e uma super lua iluminando o céu. A Nat segurou a Ísis e rapidamente passou para o meu colo. Continuamos o caminho para o hospital extasiados com a situação.
Chegando no hospital SP encontramos a Carol e a Karol que estavam nos esperando na porta. Foi um encontro mágico! Alegria, adrenalina e mais um monte de sentimento que não sei nem identificar. Entrei no hospital e todos da recepção ficaram chocados, afinal estava entrando com o bebê no colo.
Assim que entramos no quarto tive a dequitação da placenta. Ísis foi para o colo do papai para eu me ajeitar na maca e depois foi logo para o peito. Curtimos nossa Golden hour enquanto contávamos e recontávamos a história inacreditável.
Não chegou nem perto do parto que um dia tinha imaginado, mas foi maravilhoso. Eternamente serei grata a minha equipe maravilhosa que esteve comigo nessa jornada da gravidez ao parto. Meu carinho à: Renata (nutri), Fabiane (psicóloga), Beatriz (fisio pélvica), Tainara (professora pilates), Elisa (biomédica esteta), Rafael (fisio), Nathalia (EO), Carol (GO) e Karol (fotógtafa).
Equipe de Parto em Ribeirão Preto
GO: Ana Carolina Salles
EO: Nathália Villela
Pediatra: Kely Infante
Hospital São Paulo